Bateria

07/04/2011 17:26

A Bateria automotiva é um acumulador elétrico sob a forma química, posteriormente a converte em energia elétrica.

A principal função da bateria é fornecer energia ao motor de arranque e consequentemente fazer o motor principal funcionar.

Explicações básicas

Amperagem > Ampere: É a medida do fluxo elétrico (Corrente elétrica/ Potência).

Voltagem > Volts: É a diferença de potencial entre dois pólos. É uma medida muito difundida, todo mundo sabe qual é a voltagem de uma bateria de carro (12V), da tomada da casa (110V), etc.

O que é uma bateria forte ou fraca?A potência da bateria pode ser avaliada de acordo com a sua carga nominal que é a amperagem (Ah), toda a parte elétrica do carro funciona em 12 volts e cada equipamento consome uma certa amperagem, portanto quanto mais amperagem tem a bateria mais equipamentos ela suportará.

O problema das baterias originais é que elas têm a capacidade para suportar somente a parte elétrica original do carro, tudo que for adicionado como módulos amplificadores de som, módulos de ignição e iluminação farão com que a bateria se desgaste mais rápida e não forneça energia suficiente, fazendo com que o investimento dos equipamentos não dêem o retorno desejado.

Exemplo:

Um Gol motor 1.0 Power tem bateria original de 40Ah. O carro necessita de uma energia de 40Ah para que todos os componentes elétricos funcionem bem durante várias horas, o pico de consumo (tudo ligado, ventoinha do radiador, farol, rádio original) não passa de 40Ah. Se instalado neste carro um módulo amplificador de som automotivo como: Banda 4.8 que precisa de pelo menos 40Ah para fornecer seus 480WRMS a bateria deve ter no mínimo 80Ah, sendo assim dividida, 40Ah para o carro e 40Ah para o módulo Banda, se deixar apenas à bateria original à potência do módulo e toda a parte elétrica irá oscilar de acordo com o consumo, em outras palavras, todos os componentes elétricos do carro vão “brigar” entre eles para ver quem consegue mais energia. Uma forma fácil de verificar isto é ligando a luz de teto do carro e o som junto, conforme bate a música à luz oscila, isto significa que a bateria não esta dando conta do recado.

Quando a bateria não tem a amperagem necessária podem ocorrem vários problemas na parte elétrica do carro, as mais freqüentes são:

Oscilação na voltagem – Quando a bateria é forçada com uma amperagem maior do que ela suporta, a sua voltagem cai causando oscilação e podendo queimar componentes importantes ou seu mau funcionamento.

Duração de carga menor – Quando a bateria fica muito tempo em sua carga máxima não costuma segurar a carga por mais de 1 hora. Para aumentar a durabilidade de carga basta instalar uma bateria com maior amperagem.

Baixa vida útil – Baterias automotivas que estão sempre sendo muito exigidas e já tiveram sua carga zerada não duram muito, é importante deixarem sempre com carga e com uma certa folga na amperagem.

Capacidade de carga

Toda bateria automotiva tem na sua etiqueta discriminado a capacidade nominal e a de pico para que o cliente saiba qual deve atender suas expectativas:

Capacidade nominal: É a capacidade de carga que a bateria suporta continuamente, é medida em amperes, normalmente vem na etiqueta “Bateria 12V 40Ah”. Isto significa que a bateria tem a capacidade de fornecer 40 amperes até o fim de sua carga.

Capacidade de pico: É a capacidade de carga máxima que a bateria pode fornecer em pouquíssimo tempo, normalmente vem na etiqueta “capacidade de pico 650A”. Isto significa que a bateria tem a capacidade de fornecer 650 amperes em alguns décimos de segundo e depois despenca para a capacidade nominal. É uma medida muito importante para quem precisa de um som muito potente, quando tocadas músicas com batidas muito fortes o módulo amplificador de som aproveita toda essa capacidade de pico para suprir a necessidade.

Tipos de baterias

Existem várias baterias no mercado com a mesma voltagem e amperagem, porem de tipos diferentes, basicamente se refere ao tipo de funcionamento:

Selada (Free): Não requer manutenção, segundo o fabricante a água da bateria dura por toda a  vida útil sem a necessidade de recarga, esta vida útil normalmente chega a 4 anos se a bateria for bem cuidada. Nestas baterias o processo químico para produzir eletricidade consome uma quantidade insignificante de água. O problema é que em alguns casos de sobrecarga a água desaparece da bateria e acaba inutilizando a mesma, não existe uma forma de recarregar ou verificar o nível da água.

Não selada: Requer manutenção, o nível da água deve ser verificado pelo menos uma vez por ano, se o nível da água estiver sempre completo a bateria pode durar tanto quanto uma bateria selada bem cuidada. Estas baterias o processo químico para produzir eletricidade consome água e por este motivo deve ser verificado e completado. A desvantagem fica por conta de ser mais uma coisa a ser verificada na hora da manutenção.  

Funcionamento da Bateria

As baterias automotivas são construídas com componentes derivados do chumbo. Dentro delas existem placas com cargas positivas de peróxido de chumbo e negativas de chumbo que ficam mergulhadas em uma solução de ácida sulfúrico diluída em água destilada ou desmineralizada.

O fluido da bateria é consumido conforme o consumo e carga da mesma, algumas baterias consomem consideravelmente como as não seladas e precisam ser checadas sempre, outras consomem tão pouco que nunca requer recarga como as seladas. Caso o nível de fluido fique muito baixo a ponto de expor as placas de chumbo, elas danificam permanentemente.

Deve-se tomar cuidado para não tombar as baterias automotivas para não vazar fluido, pois mesmo as seladas possuem respiros por onde pode escapar fluido.

MUITO IMPORTANTE

Ao substituir a sua bateria não se esqueça de devolver a carcaça para a reciclagem obrigatória.

Não jogue sua bateria fora de forma incorreta, isso pode causar danos ao meio ambiente; Somos ponto de coleta de baterias para reciclagem.

RESOLUÇÃO CONAMA nº. 257, de 30 de junho de 1999.

https://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=257

“O CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE no uso das atribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981 e pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, e conforme o disposto em seu Regimento Interno, e considerando os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias usadas; Considerando a necessidade de se disciplinar o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final.”

“As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.”

  

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